Morre Diane Keaton, atriz de O Poderoso Chefão e vencedora do Oscar

Ícone de Hollywood morreu aos 79 anos na Califórnia.
Atriz Diane Keaton Atriz Diane Keaton
Diane Keaton - Foto: Reprodução/ Youtube

A atriz, diretora e produtora norte-americana Diane Keaton, vencedora do Oscar e um dos nomes mais emblemáticos de Hollywood, morreu neste sábado (11/10), aos 79 anos, na Califórnia, Estados Unidos. A informação foi confirmada pela revista People por meio de um porta-voz da família, que pediu privacidade neste momento. A causa da morte não foi divulgada.

Nascida Diane Hall em 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, Keaton era a filha mais velha de quatro irmãos. O pai era engenheiro civil e a mãe, dona de casa, serviu como uma de suas principais inspirações artísticas. A atriz começou a atuar ainda na escola e, após se formar em 1964, mudou-se para Nova York para seguir carreira artística. Para ingressar no sindicato dos atores, adotou o sobrenome Keaton, em homenagem à mãe, já que outra artista com seu nome de batismo já estava registrada.

A estreia de Diane Keaton nos palcos ocorreu em 1968, no musical da Broadway Hair. Na época, enfrentou um período de bulimia, que mais tarde relataria em entrevistas. No cinema, apareceu pela primeira vez como figurante em As Mil Faces do Amor (1970). A consagração veio dois anos depois, ao interpretar Kay Adams-Corleone em O Poderoso Chefão (1972), papel que a levou ao estrelato e que repetiria em O Poderoso Chefão – Parte II (1974) e Parte III (1990).

Keaton também construiu uma trajetória marcante ao lado do diretor e ator Woody Allen. A parceria começou com Sonhos de um Sedutor (1972), seguida por O Dorminhoco (1973) e A Última Noite de Boris Grushenko (1975). Em 1977, viveu a personagem-título de Annie Hall (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa), desempenho que lhe garantiu o Oscar de Melhor Atriz e consolidou seu status de ícone de estilo, com ternos, coletes e chapéus que influenciaram gerações.

Nas décadas seguintes, a atriz demonstrou versatilidade ao transitar entre comédias e dramas. Atuou em À Procura de Mr. Goodbar (1977) e Interiores (1978), além de estrelar produções como Manhattan (1979), Reds (1981) — pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar —, Presente de Grego (1987), Pai da Noiva (1991) e Pai da Noiva – Parte II (1995). Outros trabalhos de destaque incluem Um Misterioso Assassinato em Manhattan (1993), O Clube das Desquitadas (1996), As Filhas de Marvin (1996) — que lhe rendeu nova indicação ao Oscar —, Tudo em Família (2005), Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro (2008), Uma Manhã Gloriosa (2010), a animação Procurando Dory (2016) e Do Jeito que Elas Querem (2018). Em 2003, recebeu sua quarta indicação ao Oscar por Alguém Tem que Ceder.

Nos últimos anos, continuou ativa no cinema e na cultura pop, com destaque para o longa Acampamento com as Amigas (2024) e para sua participação no videoclipe de “Ghost”, de Justin Bieber, em 2021.

Além da carreira como atriz, Keaton também se dedicou à direção, assinando o documentário Heaven (1987), o longa Hanging Up (2000) e um episódio da série Twin Peaks.

Diane Keaton nunca se casou e deixou dois filhos adotivos: Dexter, de 29 anos, e Duke, de 25, adotados em 1996 e 2001, respectivamente. Ao longo da vida, teve relacionamentos marcantes com Woody Allen, Al Pacino — seu par romântico em O Poderoso Chefão — e Warren Beatty. Em entrevistas, afirmou que a maternidade foi uma decisão amadurecida ao longo dos anos.

Com uma carreira que atravessou mais de cinco décadas, Diane Keaton se consolidou como uma das artistas mais respeitadas, versáteis e influentes de Hollywood, deixando um legado duradouro no cinema e na cultura.

Confira mais notícias sobre Diane Keaton e outros famosos nas redes sociais do jornalista Daniel Neblina.