O hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Francisco Cuoco esteve internado por 20 dias, divulgou a causa da morte do ator: falência múltipla dos órgãos. Desde a internação, ele permanecia sedado. O falecimento ocorreu às 14h54 da quinta-feira, 19 de junho, aos 91 anos.
Em nota, a unidade médica informou que Cuoco estava cercado pela família e partiu de forma tranquila e serena. Na fase final da vida, o ator enfrentou sucessivas internações, um quadro de depressão e vivia recluso, com dificuldades de locomoção e dependência de ajuda para se levantar. Também havia ganhado peso e estava com cerca de 130 quilos.
Considerado um dos maiores atores da história da televisão brasileira, Cuoco estrelou produções marcantes como Selva de Pedra, Pecado Capital, A Próxima Vítima e O Astro. Sua última novela completa foi Segundo Sol, em 2018. Depois disso, fez uma participação especial em Salve-se Quem Puder, exibida em 2020.
O artista
Embora não fosse reconhecido por transformações radicais em seus personagens, construiu uma carreira sólida com tipos marcantes: voz grave, olhar sedutor, aura viril e intensidade emocional eram marcas de sua atuação. A força de sua presença cênica tornou-o um símbolo da chamada era de ouro da teledramaturgia brasileira, especialmente entre as décadas de 1970 e 1990.
Na vida pessoal, Cuoco teve três casamentos. Foi casado com a atriz Carminha Brandão, 12 anos mais velha, entre 1960 e 1964. Em 1966, uniu-se à jornalista Gina Rodrigues, mãe de seus três filhos — Tatiana, Rodrigo e Diogo — com quem viveu até 1984. Já entre 2014 e 2017, namorou a estilista Thaís Almeida, 53 anos mais jovem. Tatiana, que vive em Londres, chegou a visitar o pai no hospital nos últimos dias de vida, quando ele já não estava consciente.
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