Ex-BBB Nego Di é preso por golpe; prejuízo das vítimas chega a R$ 5 milhões

Comediante é investigado por não entregar aos compradores itens vendidos em loja virtual, como televisores e aparelhos de ar-condicionado
Ex-BBB Nego Di Ex-BBB Nego Di
Ex-BBB Nego Di - Foto: Reprodução/Globo

O ex-BBB e humorista Nego Di foi preso na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC), no domingo (14/7), pelo crime de estelionato. A prisão foi decretada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que o investiga por lesar ao menos 370 pessoas em golpes que somam cerca de R$ 5 milhões nas redes sociais.

Na sexta-feira (12/7), Nego Di e sua mulher, Gabriela Sousa, foram alvos de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) que investigava o casal por lavagem de dinheiro. As autoridades apreenderam documentos, mídias sociais, celulares e dois carros de luxo do casal, além de uma arma sem registro, o que resultou na prisão em flagrante de Gabriela. Ela foi libertada após pagar fiança de R$ 12 mil.

A loja virtual de Nego Di, denominada “Tadizuera”, operou entre março e julho de 2022, vendendo produtos como televisores e aparelhos de ar-condicionado por valores abaixo do mercado. No entanto, os produtos nunca foram entregues aos compradores, resultando em um prejuízo total que pode ser ainda maior, segundo as autoridades, devido às movimentações bancárias milionárias não correspondidas por queixas.

Além do humorista, Anderson Bonetti, sócio de Nego Di, também teve mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça. Bonetti foi preso na Paraíba em fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois.

As investigações sobre os golpes e a lavagem de dinheiro continuam. O promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pelo caso, afirmou que a Justiça concedeu o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros vinculados ao esquema. Duarte também mencionou que o Porsche que Nego Di sorteou virtualmente, com um valor de entrada de R$ 0,99, ainda está sendo rastreado pelo MP, pois o veículo foi vendido diretamente por uma empresa parceira, mas os valores das rifas continuaram entrando nas contas do influenciador mesmo após a venda.

Até o fechamento desta matéria, a defesa de Nego Di e Gabriela Sousa ainda não haviam se manifestado sobre as acusações.

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