Cirurgiões do Massachusetts General Hospital, em Boston, removeram na semana passada o rim de porco geneticamente modificado de Tim Andrews, de 67 anos, quase nove meses após o procedimento pioneiro. O órgão foi retirado após apresentar perda gradual de função, segundo comunicado do hospital. Andrews viveu 271 dias com o rim, estabelecendo um novo recorde em xenotransplantes nos Estados Unidos.
O paciente foi o quarto norte-americano a receber um rim de porco com modificações genéticas. Os dois primeiros pacientes morreram pouco depois do transplante, e a terceira paciente teve o órgão removido após 130 dias devido à rejeição. Antes da cirurgia, Andrews passou mais de dois anos em diálise, tratamento marcado por efeitos colaterais graves.
O rim transplantado veio de um porco com 69 alterações genéticas específicas, incluindo a desativação de vírus potencialmente perigosos e ajustes para reduzir a rejeição imunológica. Após a remoção, Andrews retornou à diálise e permanece na lista de espera para um rim humano.
Mais de 100 mil pessoas aguardam transplantes nos Estados Unidos, sendo aproximadamente 90 mil à espera de rins. A escassez tem motivado cientistas a desenvolverem órgãos animais geneticamente modificados como alternativa viável. Especialistas afirmam que os xenotransplantes podem oferecer uma solução promissora para superar a carência de doadores humanos.
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